Renascendo das cinzas

“Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a última centelha se extingue, uma pequena fênix renasce do leito de cinzas”. (Farid al-Din Attar)

Existe alguma semelhança entre o mito da Fênix e o surgimento desse novo veículo de comunicação. Para estarmos hoje celebrando o nascimento do O Lorenense, sofremos recentemente duas grandes perdas para nossa cidade.

O Jornal Guaypacaré, veículo impresso de informação, fundado e conduzido durante toda a sua historia pelo João Bosco ‘Paçoca’ e sua esposa Carolina Staut, teve sua última edição publicada em abril de 2014, depois de 39 anos informando, com competência e imparcialidade, a população sobre todos os acontecimentos do município.   
                         
Durante quase 4 décadas, sua publicação semanal fez parte de nossas vidas. E não é exagero afirmar que fez parte da história de Lorena, sendo por vezes o único jornal impresso com notícias da cidade, relatando e informando importantes fatos.

Mas sua existência de tanto sucesso chegou ao fim. E infelizmente esse fim coincidiu com outra e mais dolorosa perda. A passagem de Carolina Staut, pra mim sempre a “tia Carolina”, para outro plano, após anos de luta contra uma doença ingrata.

Lorena perdeu uma de suas mais ilustres filhas, ainda que filha de coração e depois adotada com o título de Cidadã Lorenense. Titulo mais que merecido a quem tanto amou e contribuiu com a cidade, a quem escolheu Lorena para chamar de minha terra do coração, a quem escolheu Lorena para formar e criar sua família.

Mulher, esposa, mãe, amiga, empresária, guerreira… Quem teve o privilégio de conviver com ela, sabe que se trata de uma pessoa ímpar, cujas ações sempre foram pautadas por valores e princípios morais que moldavam seu caráter.

Sua partida deixa um imenso vazio no coração de sua família e de todas as pessoas que a admiravam. Mas como grande guerreira, sua batalha não foi em vão. Ela cumpriu sua missão e deixa um grande legado para a família, construído ao longo de sua vida: a união, a garra, o caráter, a honestidade, a força e a determinação com que enfrentam os desafios da vida, certamente seriam vistos por ela como uma de suas maiores conquistas. E esses valores ficam como exemplos a serem seguidos por todos nós. 

Tia Carolina se foi, e com ela o Jornal Guaypacaré. Mas seus ideais, valores e princípios agora renascem, das cinzas da dor e do sofrimento, como imposição do amor e do dever, em O Lorenense. Nome mais que apropriado para homenagear àquela que verdadeiramente pode ser chamada de Lorenense.

Veremos em cada matéria, em cada artigo publicado, a presença dela, que sempre honrou o jornalismo comprometido com a verdade e imparcialidade. Pois certamente esses valores foram passados para seus filhos Graziela Staut e Marcelo Staut, que criaram e coordenam esse Portal de Notícias, que nasce para dar continuidade à missão iniciada há cerca de 40 anos, por Bosco “Paçoca” e Carolina Staut, que é cumprir seu papel social de levar a informação com exatidão, formando em seu leitor o processo gerador de conhecimento consciente.