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A história de Lorena por seus carros

16/01/2018

Na semana passada, contei pra você que o primeiro carro de Lorena foi um Ford 1912, do sr. José Antonio Vieira, que também foi o motorista com a Carteira no 1 e o primeiro taxista da cidade. Hoje, vamos continuar conhecendo um pouco mais sobre a nossa cidade e sua frota. Aqui vai ser sempre assim: subtítulos rapidinhos, flashes de nossa história…

 À esquerda, na Praça Arnolfo Azevedo, em 1915, o primeiro automóvel de Lorena, de aluguel, do Sr. José Antonio Vieira. Um Ford 1912.

Terminal Rodoviário “José Antonio Vieira”

Você sabia que a Rodoviária de Lorena chama-se Terminal Rodoviário “José Antonio Vieira”, em homenagem ao primeiro motorista do primeiro carro da cidade? A Rodoviária tem esse nome desde quando era na Praça Conde Moreira Lima. Lembra que era lá? Pois é… Hoje, lá está instalada a Biblioteca Municipal! Depois que a nova Rodoviária foi construída e transferida para a divisa dos bairros da Olaria com Vila Hepacaré, ostenta, ainda hoje, na parede ao fundo, em letras garrafais, o nome do dono do primeiro carro de Lorena, também o primeiro taxista da cidade.

4 Fordinhos… Motorista de Arnolfo Azevedo

No mês de janeiro de 1912, o Ford daquele ano, do sr. José Antonio Vieira. O carro transportava cinco pessoas e foi também “de aluguel”; portanto, o primeiro táxi de Lorena. Veja detalhes deste carro na primeira parte desta matéria.

No ano de 1993, José Vieira foi homenageado com o Prêmio Jornal Guaypacaré, por sua vida de quase 50 anos no comércio, no Hepacaré, na Acial, Seicho-No-Ie, família e tantas coisas mais.   Na publicação de seu histórico, relembramos a façanha de ser filho do dono do primeiro carro de Lorena, primeiro taxista da cidade.  Ele acrescentou que “em 1932, José Antonio Vieira, seu pai, tinha 4 Fordinhos de aluguel e foi motorista de Arnolfo Azevedo. Na esquina da antiga ‘Rua do Engenho’, hoje rua Dr. José Machado Coelho de Castro, entre um antigo supermercado e a rua do Clube Comercial, seu pai mantinha, junto à sua casa, uma garagem para os 4 Fordinhos de aluguel”, conta.

43 mil veículos no mesmo Centro!

Daquele primeiro carro, em 1912, na Praça Arnolfo Azevedo, aos cerca de 43 mil veículos motorizados de hoje (dados de 2016 do Ministério das Cidades, Detran – SP), muita coisa mudou… Mas o número de ruas do Centro de Lorena e a largura das vias públicas permanecem quase que inalterados!  A mesma Praça, a mesma rua principal, as passagens de nível dos trens, a largura das ruas centrais, os dois únicos viadutos…e até as dos bairros, continuam as mesmas!

Fora as 80 mil bicicletas, segundo o IBGE!

Com raras exceções, como a avenida Targino Villela Nunes, mais recente, os quase 50 mil veículos da Lorena de hoje – fora as 80 mil bicicletas, segundo o IBGE, como consta no Guia “Lorena – Retratos do Vale”, à página 71, editado pelo Instituto Santa Teresa e Centro Universitário Teresa D´Ávila, em 2016 – circulam, diariamente, pelo mesmo  cenário urbano! Somando-se quase 50 mil veículos motorizados com as 80 mil bicicletas, são 130 mil veículos “espremendo-se” nas praticamente mesmas ruas do início do século passado, do primeiro carro de Lorena!

Os 130 mil veículos de hoje, em Lorena

Os dados de 2016 do Ministério das Cidades, Detran – SP, contam: 26.077 automóveis, 982 caminhões, 137 caminhões-trator, 2.614 caminhonetes, 1.421 caminhonetas, 215 micro-ônibus, 9.563 motocicletas, 215 micro-ônibus, 1.448 motonetas, 10 tratores e 324 utilitários, totalizando 42.826 veículos motorizados. Fora as já citadas 80.000 bicicletas.

Agora, um dado pitoresco: no Design da Volkswagen,

Lorena entre os 10 finalistas de todo o Brasil

A foto é histórica!  Rodolfo Staut – meu filho, com a saudosa Carolina – brilhando no pavilhão de Design da fábrica da Volkswagen do Brasil, ao lado da sua criação: o TWO, finalista entre todo o Brasil.

Um fato pitoresco na vida automobilística de Lorena aconteceu em 2002, quando um lorenense – meu filho! – imortalizou-se e projetou nossa cidade na história do Design automotivo do Brasil!

Rodolfo Staut,, então com 21 anos, aluno do UniFatea (Centro Universitário Teresa D´Ávila), classificou-se entre os 10 finalistas de todo o Brasil, no Concurso Nacional Volkswagen de Design 2002.  Com o TWO, carro que ele criou! Um city car, para duas pessoas, como era o tema do mais importante concurso do Brasil de Design automotivo!

Elogios do presidente da Volks do Brasil

O próprio presidente da Volkswagen do Brasil lhe falou, ao vivo, na festa final do concurso, na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo: “Você, finalista, fará parte do Design da Volkswagen nos próximos 50 anos! Esse concurso tem a presença da nata do jornalismo, da cultura, da arte e do Design brasileiro… É um orgulho para a Volkswagen do Brasil revelar esses novos talentos para o Design nacional”.

Restaura artesanalmente na Martelinho de Ouro

Apaixonado por carros, Rodolfo Staut Saciotto Pereira de Oliveira, hoje é empresário da RStaut Martelinho de Ouro, que desamassa, desenruga, endireita, alisa, recupera, restaura, conserta, artesanalmente, sem funilaria ou pintura, por ideal e vocação que, desde cedo, Rodolfo demonstra para o automobilismo.

Na Globo, em exposições, diploma das “feras” do Design

Na época, Rodolfo e seu TWO fizeram enorme sucesso, na TV Globo e outros jornais, em exposições em São Paulo e aqui no UniFatea, ganhando belo diploma, assinado pelas “feras” do Design da Volkswagen, Luiz Alberto Veiga e Gerson Barone.

Este diploma e a maquete do seu TWO estão, orgulhosamente, expostos na sede da RStaut Martelinho de Ouro. E foram, ainda, imortalizados também nos folders especiais da Volkswagen sobre o concurso, com fotos do Rodolfo e de sua criação, o TWO, e entrevista.

Sempre curtindo a paixão por carros

Rodolfo participa da liderança dos Encontros de Carros Antigos em Lorena, manteve por anos uma bela “coluna de Automóveis” no “Jornal Guaypacaré”, pratíca desenhar carrões, já pilotou amadoramente em Interlagos, vence sempre corridas de kart, lidera a RStaut Martelinho de Ouro por vocação (vale repetir!), paixão, fazendo o que gosta, que é estar em contato direto e constante com o mundo automotivo.

Mais da história de Lorena por seus carros

A primeira Estação Rodoviária de Lorena, atrás do Grupo Escolar Conde Moreira Lima, onde hoje é o Supermercado Pão de Açucar, inaugurada em 12 de janeiro de 1940, de propriedade do sr. Ângelo Malerba.  Foto de 20 de novembro de 1953.  Foi demolida na década de 1970.

Ônibus tipo Jardineira, de propriedade do sr. Ângelo Malerba, que fazia a linha Lorena – Itajubá-MG. Foto da década de 1930. No alto da serra, uma parada para algumas fotos. O motorista da Jardineira era o sr. João Rennó e o auxiliar era o sr. José Lameu dos Santos, o “Corrupião”.
 Velho ônibus da Empresa Malerba, na década de 1950, na Praça Arnolfo Azevedo.
 Antigo Posto de Gasolina, entre o Hotel Guarany e a Estação de Trem. Construído pelo sr. Ataíde Vilela de Oliveira Marcondes. Desativado na década de 1970.

Na década de 1930, antigo Posto de Gasolina, na esquina da rua Dom Bosco com rua Major Rodrigo Luiz, onde hoje é o fundo da Escola Conde Moreira Lima. Da esquerda para a direita: srs. Nézio, Antonio Queiroz, Valdemar, José Giordani Filho, José Giordani, João Giordani e Eugênio Zappa.
 O carro marca Rugib, 1928, utilizado como Táxi, do sr. Miguel Malerba, que posa ao lado dele, em 1930.
 Um velho e elegante Ford, na década de 1930, em frente ao antigo Mercado Municipal, demolido na década de 1960, onde hoje é o Edifício Guaypacaré, de 10 andares. 

Na esquina da Praça, onde hoje é o Banco do Brasil, bomba de gasolina Texaco, em frente à Padaria das Famílias, do Zé Carrera, Agostinho Lourenço e Vicente Jannuzzelli, na década de 1940

Na esquina do Pronto Socorro com o grupo Conde Moreira Lima, Ruas 19 de novembro com Dom Bosco na década de 1930 – Agência de automóveis e oficina São Gerardo

Amigos do Sr. Miguel Malerba, por ocasião do seu casamento, na Praça da Matriz

Todas as fotos que ilustram este texto foram extraídas dos fantásticos Álbuns “Memórias de Lorena em Fotos e Palavras”, publicados pela Sociedade dos Amigos da Cultura de Lorena. 

As centenas de belíssimas fotografias – documentos de valor incalculável – são do acervo do professor Ércio Molinari. A liderança da S.A.C.L. é da dinâmica professora Juanita Leite Marcondes, que sempre destaca a atuação do professor Nelson Pesciotta como decisiva nesta empreitada. 

Quero aqui reconhecer publicamente, e aplaudir, louvar, de maneira indelével, este trabalho da Sociedade dos Amigos da Cultura de Lorena, personificando nas figuras destes três baluartes que citei (Juanita, Ércio e Pesciotta) os elogios a toda a equipe, e o entusiasmo que sinto pelas publicações que eles realizaram para a história desta nossa Lorena querida, bela e culta!

 

 

COLUNISTAS / João Bosco

João Bosco Pereira de Oliveira, também conhecido como “Paçoca”, é jornalista e manteve por 40 anos o Jornal Guaypacaré, um grande marco e recorde na história da Imprensa de Lorena! 40 anos de trabalho patrocinado por anunciantes e assinantes, sem nunca ter sido mantido politicamente!

Em 1976, foi o vereador mais jovem e mais votado de Lorena, o único a recusar, por vontade própria, a “aposentadoria parlamentar”, por considerá-la imoral e injusta. Com 18 anos, foi recebido pelo presidente da República, pedindo “democracia” em pleno tempo em que não havia abertura política. Naquela época, também foi o mais jovem candidato a deputado estadual do Brasil.

Comendador 3 vezes, desde menino, trabalhou em outros jornais, antes de fundar o seu Guaypacaré. Foi jornalista responsável por inúmeros jornais de cidades vizinhas. Fundador e Presidente de Honra do Grupo Escoteiro Guaypacaré, que está prestes a comemorar 50 anos.

Teve programas nas rádios Cultura AM e Colúmbia FM. São 50 anos de jornalismo, boa imprensa, sem nenhum processo por calúnia, injúria ou difamação.

Também é membro fundador da Academia de Letras de Lorena e agora, passa a registrar a história da sua cidade de nascimento e de coração de acordo com suas detalhadas pesquisas.


boscopacoca47@gmail.com

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