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COLUNISTAS / Direito em pauta

Fraternidade política

22/03/2016

Estamos cercados de política esses dias. Vivemos um tempo de mudança, isso é certo. Mas não se sabe por qual caminho seguirá, isso somente o tempo nos dirá. O que acho mais importante extrair desse “tsunami” de informações é o que nós, enquanto cidadãos, devemos fazer para mudar o cenário político.

Eu digo para levantarmos a bandeira da fraternidade, a mesma fraternidade sintetizada no lema da Revolução Francesa no século XVIII e que ainda não foi realmente aplicado no mundo.

Será que isso é utopia? Eu entendo que não, que é possível no Brasil de hoje estarmos todos unidos sem que haja distinção de raça, credo, cor, religião, etc, pois estamos vendo todos os dias que muito condenam racismo, preconceito, desigualdade social e econômica. São muitos que saem em busca de uma sociedade unida. Nesse ponto, podemos convergir e unir as forças e sair em busca de um ideal concreto, acessível e possível.

É só ver o nosso povo se unir em massa para protestar pedindo o fim da corrupção, independente de qual partido seja. Claro que existem aqueles que defendem ferozmente suas opiniões contrárias e a favor, mas em sua grande maioria, nós, povo brasileiro, estamos percebendo que não existe partido que comprove o caráter dos políticos, e sim suas ações.

Diversos países têm regimes democráticos, conseguiram realizar até certo ponto a liberdade e a igualdade, mas a fraternidade não, ela permanece somente nos discursos. Entendo eu que, para se colocar em prática a fraternidade, nós devemos estar prontos a enxergar a pobreza e tratar a fundo suas consequências, eliminando as diferenças e tornando a sociedade mais unida. Devemos estar dispostos a abrir mão de favorecimentos e regalias, devemos querer que o outro progrida tanto quanto eu. Não é um ideal fundamentado no socialismo, longe disso, pois ao contrário do governo ser responsável, nós é quem temos o dever de colaborar para que a sociedade evolua de forma fraterna.

Entendo que a fraternidade vivida, aplicada dia a dia, é o modelo global de desenvolvimento político. O político que viver a fraternidade deve abraçar as divisões, as rupturas, as feridas de seu povo. E por intermédio da fraternidade conseguimos resolver pacificamente as controvérsias, a fim de diminuir o imenso desequilíbrio existente em nosso mundo. Ao se trabalhar para a unidade dos povos, respeitando as suas mais variadas identidades, conseguiremos alcançar o objetivo essencial da política.

Martin Luther King teve o sonho de que a fraternidade fosse palavra de ordem do dia de um homem de negócios e a palavra de ordem do homem do governo. Somente assim conseguiremos atingir a todos os governados com projetos políticos, econômicos e sociais, como se fossemos um só.

COLUNISTAS / Marina de Almeida

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