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COLUNISTAS / Maria Luiza

Grande perda para Lorena: José Fernando Paiva Nunes

19/11/2016

Triste notícia: o falecimento do amigo de todos, o veterinário, fazendeiro, presidente do Sindicato Rural de Lorena, José Fernando Paiva Nunes. Deixa viúva a também querida de todos Ana Maria Ferreira Nunes; deixa os filhos: Guto, Cassiane, João Paulo e Zizinho e os netos Murilo, Beatriz e Cicília. E deixa as irmãs, as também queridas e admiradas: a professora Lílian, a dentista Raquel e suas famílias, vários sobrinhos e demais parentes. E deixa também tristes e saudosos todos os que o conheceram e os que com ele conviveram.

Dava alegria encontrarmos com ele: na missa, nos eventos importantes da cidade, na casa de amigos e naturalmente na sua bela e próspera fazenda, onde morava. Ele fazia uma festa de alegria, de palavras, do que estava acontecendo. Ele trazia vida!

É difícil acreditar que o nosso querido Zé Fernando não está mais entre nós, pois, pelos tempos de hoje, ainda era jovem; nem 70 anos tinha ainda. Mas vamos nos consolar com a bela e querida família que ele deixa e com o seu belo exemplo de vida.

Conheci e convivi de perto com sua mãe, a também sempre saudosa e querida Clemilda Paiva Nunes, fazedora de doces (especialmente as tortas e gelatinas mais gostosas de Lorena). Clemilda era também alegre e amiga de todos, como seus filhos. Conheci também, mesmo de longe, o patriarca da família, o Sr. Hélio Nunes.

Os mineiros de Lorena, como se falava, vieram, quase todos, no final do século XIX, quando as terras valeparaibanas inadequadas para o café pararam de produzi-lo como antes, e foi então quando muitos mudaram-se para outras regiões (como a de Campinas), onde a terra era rica e apropriada para o café. Mas nosso Vale – e principalmente Lorena – não ficou abandonado: para cá vieram os mineiros, principalmente os do sul de Minas, trazendo o seu gado, o seu leite e naturalmente os seus deliciosos queijos e a famosa manteiga. Faziam (e fazem) um delicioso doce chamado pastel de nata (que só as famílias mineiras de Lorena fazem) e que é conhecido e apreciado em todo o país, para onde é levado.

E assim o nosso Vale não empobreceu. Pelo contrário, melhorou de vida e enriqueceu, não somente os agricultores mineiros, como também melhorou economicamente a cidade e o Vale do Paraíba. Zé Fernando era aberto e alegre; era lorenense. Os mineiros daqui, em geral, eram mais fechados. A cidade, e naturalmente a região, não esquecerá dele. Mesmo se tiver ou não ruas, praças ou escolas com o seu nome, ele estará sempre no coração e na saudade dos lorenenses. Tenho a certeza.

COLUNISTAS / Maria Luiza Reis

Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.

 


baptista@demar.eel.usp.br

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