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Preciso de uma Editora

23/06/2016

“O termo correspondente à “editora” em inglês é publisher (livros) ou record label (discos). Uma das etapas de produção do texto é a edição, e o profissional encarregado também é chamado de editor ou editor de texto.

A editora contrata os profissionais de texto e arte para produção dos livros, custeia a impressão (gráfica), faz a divulgação e contrata uma distribuidora para colocar os livros nas livrarias, e media a interação dos leitores com autores”.

Essa foi a definição encontrada numa pesquisa feita no Google, sobre a função da Editora.

À primeira vista, parece muito fácil encontrar uma editora que irá transformar o original do autor num livro, fazer a divulgação com apresentação a jornalistas, envio a livrarias e finalmente acertar com o autor o montante referente à porcentagem do direito autoral, combinada num contrato previamente preenchido, assinado e registrado em cartório.

Seria maravilhoso! Mas a realidade é bem outra, bem mais complicada e decepcionante.

Com o original em mãos, lido e relido, sentindo já a aprovação popular, após o incentivo dos familiares, que orgulhosos já se sentem também no pódio com a explosão do talento na família, o autor procura entrar em contato com as Editoras que encontra pela internet.

Envia o original e aguarda ansioso… Os meses passam… Todos os dias, corre os olhos nos e-mails à procura da esperada resposta.

Transcorridos seis meses ou mais, chega a primeira: “ Seu original não se encontra dentro de nossa linha de publicação”, ou “Não publicamos poesias”… “Mas o original era um romance”, questiona o autor, pensativo. Claro que o original nem foi aberto, mas o principiante não sabe disso e fica, então, deprimido e decepcionado.

A opção então, é tentar uma editora para autores independentes. Bem, essas editoras, na maioria, publicam qualquer coisa, desde que sejam devidamente remuneradas.

O autor, buscando realizar o sonho de um livro publicado, vai na conversa que seu livro será colocado no site da livraria, que será apresentado aos livreiros e que então, terá retorno rápido do investimento.

Mas também, não é isso que acontece. O autor recebe os cem exemplares, cujo valor unitário não ficou nada em conta e tenta estipular um preço adequado ao bolso de seus leitores. Com sorte, no lançamento, ele consegue vender vinte e poucos exemplares a familiares e amigos, mas o resto fica enfileirado em sua prateleira, principalmente quando não se tem disposição para correr atrás de feiras, poder aquisitivo para expor em Bienais, ou disponibilidade para vender de porta em porta.

Dessa forma, muitas vezes, um grande talento, que tem como, através de seus poemas, passar tantas mensagens de alegria, otimismo, ou mesmo proporcionar momentos de recreação com a leitura de um belo romance, desiste, diante de tantas dificuldades. Ele precisa trabalhar para sustentar sua família e escrever não dá dinheiro.

Os novos autores que estão se destacando, hoje em dia, são aqueles aposentados que, após terem garantido seu sustento, têm agora oportunidade de realizar o sonho contido durante uma vida, pois com mais experiência, tentam contato com várias editoras, até encontrar uma mais séria, que realmente se interessa em investir em seu trabalho. Agora, com maior poder aquisitivo, pode participar de Antologia, nas quais vai mostrando seu trabalho e fazendo acreditarem mais em seu talento.

Também não é nada fácil, exige ainda muita persistência.

Mas…, mesmo diante de tudo isso, quem tem nas veias talento e o sonho de ser escritor, não deve desistir; aliás, nunca se deve desistir de nenhum sonho, mas sim lutar para concretizá-lo. Vale a pena a luta, pois ver seu livro nas prateleiras das livrarias, ter a oportunidade de participar de bienais onde se sentirá em casa, pois estará em contato com o que mais aprecia, manuseando, folheando e mergulhando em toda essa magia que a literatura nos transporta, não tem preço. Ao receber uma homenagem pelo trabalho realizado, ou ser convidado para participar de uma Academia de Letras então, o autor se realiza. Sente que foi abençoado, por chegar ao ápice de seu sonho de menino.

Zilda Costa Toledo, membro efetivo da Allarte, ocupa a cadeira nº 24 e tem como patrono Mário de Andrade

COLUNISTAS / Allarte

A Allarte (Academia Lorenense de Letras e Artes), fundada no dia 24 de setembro de 2014, tem como objetivos: acolher em seu seio valores literários e artísticos, resgatar a história de nossa cidade, apoiar e desenvolver o culto das letras, das artes e do intelecto, valorizar escritores e artistas locais exaltando pessoas e datas significativas, promover a defesa da língua, dos valores morais e éticos que fundamentam a civilização ocidental e a formação brasileira.


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